segunda-feira, setembro 25, 2006


Dia 13 deste mês, festejamos o nosso primeiro ano, juntos...
... apesar de já terem passado alguns dias, foi...

Como tem sido habitual, chego sempre antes de ti, mesmo tendo pela frente uma diferença de 100 kms!
Tem a sua piada porque, a fama de atrasada persegue-me. No entanto, para estar contigo nem me importo de ser eu a esperar.
Como há um ano atrás, Setembro foi marcado pelo início das grandes chuvadas... daquele barulho que nos envolve... do cinzento do céu.
Lembro-me de ir a caminho e de pensar como é bom ver nascer o sol... presenciar cada centímetro do seu aparecimento no horizonte, num misto de rosas e lilazes...
É bom sentir que, à medida que me aproximo ainda sinto aquele nózinho no estômago, aquele nervoso.. aquela química quando o nosso olhar se cruza, e ambos nos fixamos num misto de saudades que deixa transparecer "... vamos embora daqui! Quero-te!"
Desta vez, para fazer juz ao ano de comemoração, o Enguiço voltou!
Já eu estava à tua espera quando tu foste dar um pulinho ao trabalho. Como não sei estar parada, decidi ir tomar o pequeno almoço e descobrir um café novo. Virei na primeira esquina e, eis que vislumbro um que me parece muito bem.
Enquanto tu vinhas a caminho, eu preocupava-me se mais logo não te iria apetecer um croissant misto. Acabei o meu galão de máquina e o meu pastel de nata e, decidi ir passear pro LIDL! Para mim, um mundo, porque tirando nestas ocasiões, nunca lá vou. Corredores e mais corredores... Dou sempre por mim a pensar em qual será o criterio de selecção dos produtos. E desta vez encantei-me no diálogo dum casal de velhinhos que discordavam sobre se deviam ou não levar um shampon. E sorri para ambos porque, ele insistia na necessidade de levarem a lista de compras porque a memória já lhes faltava, ela por sua vez, afirmava que ainda estava no seu perfeito juizo... ele que se preocupasse em carregar os sacos.
Depois dos fiambres, e dos queijos, avistei-te ao longe, a caminhares na minha direcção. Fiz de conta que não te vi, só para ter o prazer de me surpreenderes.
Lembro-me de pensar que estavas giro, com bom ar... que "hoje vai ser um bom dia!".
Perdemo-nos nos desengonçados beijos no rosto. Não tem nada a ver... Nós nem nos sabemos beijar assim! E sorrimos, enquanto eu te encaminhava para a minha descoberta da lanterna para a bicicleta. Claro que tu já tinhas umas 2, e prendeste-te na valise que dá para guardar a camera e a máquina fotográfica...
Sem mais nem menos, e sem olhares para mim, disseste... "Anda Gaija..!", e eu que tinha uma caixa de fiambre e de queijo na mão, apeteceu-me largar tudo ali.
Lado a lado dirigimo-nos para a caixa. A empregada registou as minhas compras no senhor á minha frente, e depois dum pequeno comentário sobre o separador que estava escondido...
... Depois... depois...
... Fomos para o teu carro! E que saudades Gaijo, eu já tinha tuas! Da tua boca... das tuas mãos... dos nossos timmings... de ti!
- Um quarto! Urgentemente, um quarto!
O caminho de sempre, o trânsito do costume... e pela primeira vez, não haviam quartos disponíveis!
Fomos passear...
Invadimos papelarias, tu tomaste outro pequeno almoço, subimos uma daquelas ruas típicas, mesmo nas traseiras do hotel... e fomos dar ao centro da cidade. Como eu ia de saltos, tu deste-me a mão, para eu não cair. De vez enquando, abraçavas-me... puxavas-me pela cintura para junto de ti! Eu, continuava a refilar, porque podias ser um querido e levares o saco que trazia na mão. Enquanto que tu, ias brincando (e não levaste mesmo o saco!)
Descobrimos um lago num prédio que tinha ruido, onde só se via uma camada verde de plantas à tona.
Voltamos, e enquanto terminavam as limpezas finais ao nosso quarto, fomos até à Internet onde tu deste uma vista d'olhos pelos jogos onde costumas jogar e que, adoras.
Elevador: Quinto andar... Plim!

...
13:00... Hora de almoço! O restaurante do costume, mesmo ali ao lado. Tu comeste cozido à portuguesa... eu comi salmão grelhado (... e a tua farinheira! E mais um bocadinho da "tua orelha de porco"!)... 2 imperiais, e mais um Panaché... e uma tarte de bolacha e natas, com 2 colheres para os dois, seguida de 2 cafés.
Durante o almoço, lembro-me de te dizer que, se te aproximasses mais, eu não resistia e beijava-te... mas acho que tu não ouviste, e... foi uma tentação!

... (Quinto andar... Plim!)

... ...
- Vamos dormir um bocadinho, Gaija?! Tu estás que nem podes!
- Vamos sim! Conta-me uma história!
- Uma história, uma história... "era uma vez um menino muito lindo e jeitoso, que vivia numa casa muito linda e jeitosa... andava numa escola dos meninos lindos e jeitosos..." - Gargalhada!!!
- Credo!
(Enrosquei-me a ti, e adormeci nos teus braços. Quase sempre adormecemos frente a frente, e adormeço ao som da tua respiração... )
...
Quando tu disseste temos que ir... começei a vestir-me!
E tu, agarraste-me pela última vez!

...

Lembro-me de irmos no carro e de me sentir em Paz! De esticar os dedinhos em "V" e dizer... "love and peace!".


Desta vez não conversamos sobre falhas um do outro, do quanto um dá e o outro merece. Estivemos.. nós!
Tu fizeste com que perdesse o controle, por mais do que uma vez... E eu perdi-me! Finquei as unhas nos lençois! Apertei, e apertei a almofada... contorci-me... tentei... segurei-te na cabeça, enquanto acompanhava os teus movimentos com a lingua, com os dedos... senti-me quente... percorreu-me um calor súbito... o coração acelarado parecia querer saltar... até que me entreguei... e perdi o controle! Puxei-te, para dentro de mim! As nossas mãos não paravam... as linguas...
...

Voltei para casa ainda meio extasiada. Pelo caminho, "rebentei" com uma bomba de combustivel por a mangueira estar com excesso de pressão, e ainda sorri!
E embalada, pelo teu cheiro, com o teu sabor na boca... regressei!

domingo, setembro 24, 2006


You sit there in your heartache
Waiting on some beautiful boy to
To save you from your old ways
You play forgiveness
Watch it now
Here he comes

He doesnt look a thing like Jesus
But he talks like a gentleman
Like you imagined
When you were young

Can we climb this mountain
I dont know
Higher now than ever before
I know we can make it if we take it slow
Let's take it easy
Easy now
Watch it go

We're burning down the highway skyline
On the back of a hurricane
That started turning
When you were young
When you were young

And sometimes you close your eyes
And see the place where you used to live
When you were young

They say the devil's water
It ain't so sweet
You dont have to drink right now
But you can dip your feet
Every once in a little while

You sit there in your heartache
Waiting on some beautiful boy to
To save you from your old ways
You play forgiveness
Watch it now
Here he comes

He doesnt look a thing like Jesus
But he talks like a gentleman
Like you imagined
When you were young
(talks like a gentleman)
(like you imagined)
When you were young

I said he doesnt look a thing like Jesus
He doesnt look a thing like Jesus
But more than you'll ever know

The Killers - When You Were Young

http://www.thekillersmusic.com/



- Sabes aquilo que melhor recordo dos nossos tempos felizes?
- De me apaixonar. É aquilo que me recordo...
Parecia que podíamos, uma vez mais, recomeçar tudo de novo.
Quantas pessoas é que alguma vez tiveram a oportunidade de fazer com que alguém se apaixone por nós, uma e muitas vezes?!
... E tratasse do mais maravilhoso sentimento do mundo.



















(Que saudades... !)

... Plim!

terça-feira, setembro 05, 2006



Eis-me chegada de novo a mais uma época de trabalho...
Até ao findar do ano, apenas com uns diazitos que servirão para quebrar a rotina.
Confesso que, dois dias depois de ter regrassado ainda me sinto a meio gás. Parece que a máquina está a custar a engrenar. Já aqueceu, já ligou, mas não desenvolve muito.
Com a chefe fora, tem sido dia santo na loja. E sabe bem, caras novas na minha sala, mesmo que a ocupar temporariamente as secretárias.
Mesmo à minha frente está este mês a senhora com quem passei os primeiros tempos, sentada frente a frente quando entrei para esta Instituição. Nessa altura eu era muito tímida e limitava-me a escutar, a observar e pouco ou nada dizia.
Por motivos de saúde, esta senhora acabou por se ausentar e está hoje de baixa. De quando a quando, regressa e tem que fazer algum tempo para prosseguir a baixa...
É uma daquelas pessoas que merecem tudo na vida.
Carinhosa, inteligente, de uma ternura enorme e com um sentido de humor very british. Daquelas pessoas que raramente comenta os outros, preferindo ajudá-los no máximo que lhe é possível.
De um momento para o outro assisti ao agravamento da sua doença, que dia após dia a debelita ainda mais. De uma azia, um mau estar, passou para um cansaço galopante.
E todos, como que a esqueceram... Muitas foram as vezes que precisou de pequenos nadas e nem aí as pessoas que a rodearam decidiram aparecer para perguntar o quer que seja.
Mas nem assim, ela guarda rancor de alguém.
Continua carismática pela sua forma de ser que em nada mudou...

Gosto muito dela...
As gargalhadas e o nosso sentido de humor, conseguem que toda a secção se ria a bom rir... E é um prazer tê-la de volta, mesmo que temporariamente.
De vez enquando, quando o assunto é a doença chora... No fundo, penso que já se conformou que nunca melhorará.

Mas entretanto, vou aproveitar ao máximo estes dias em que me apetece largar tudo o que tenho na secretária e ficar a seu lado... Ajudá-la no necessário... e acarinhá-la como sempre o fez naturalmente pelos outos...

Quando ás vezes olho à minha volta e não compreendo as pessoas, nem porque se comportam desta ou daquela forma, lembro-me de algumas pessoas que passaram na minha vida e que me fazem descer à terra e relevar...

Não vale a pena complicar...
Definitivamente, num segundo tudo pode mudar, e o que somos e temos hoje poderá desaparecer...
... Talvez seja esse o motivo pelo qual, eu nunca gostei de fazer planos a longo prazo.
Mas como alguém me disse um dia... O que é realmente bom, nunca o deixará de ser... No matter what!

segunda-feira, setembro 04, 2006



















REM


"Leaving New York"

It's quiet now
And what it brings
Is everything

Comes calling back
A brilliant night
I'm still awake

I looked ahead
I'm sure I saw you there

You don't need me
To tell you now
That nothing can compare

You might have laughed if I told you
You might have hidden A frown
You might have succeeded in changing me
I might have been turned around

It's easier to leave than to be left behind
Leaving was never my proud
Leaving New York, never easy
I saw the light fading out

Now life is sweet
And what it brings
I tried to take
But loneliness
It wears me out
It lies in way

And all not lost
Still in my eyes
The shadow of necklace
Across your thigh
I might've lived my life in a dream, but I swear
This is real
Memory fuses and shatters like glass
Mercurial future, forget the past
It's you, it's what I feel.

You might have laughed if I told you (it's pulling me apart)
You might have hidden a frown (change)
You might have succeeded in changing me (it's pulling me apart)
I might have been turned around (change)

It's easier to leave than to be left behind (it's pulling me apart)
Leaving was never my proud (change)
Leaving New York, never easy (it's pulling me apart)
I saw the light fading out
You find it in your heart, it's pulling me apart
You find it in your heart, change...

I told you, forever
I love you, forever
I told you, I love you
I love you, forever
I told you, forever
You never, you never
You told me forever

You might have laughed if I told you
You might have hidden the frown
You might have succeeded in changing me
I might have been turned around

It's easier to leave than to be left behind (it's pulling me apart)
Leaving was never my proud (change)
Leaving New York never easy (it's pulling me apart)
I saw the life fading out (change)
Leaving New York, never easy (it's pulling me apart)
I saw the light fading out (change)
Leaving New York never easy (it's pulling me apart)
I saw the life fading out (change)

O Amor numa relacção constrói-se com a presença das pessoas;

não é baseado na saudade da ausência...


sábado, setembro 02, 2006



Há momentos na vida em que tudo nos transcede.
Fechamos os olhos e deixamo-nos apenas levitar pelos pensamentos que nos percorrem...

Nesses momentos tudo nos passa pela cabeça como se a tecla do forward estivesse presa, sem som, e conseguissemos perceber a uma velocidade surreal o que afinal poderiamos ter tido pela frente.
Nem as legendas conseguimos acompanhar...


Candy... Doce... Assim é este outro lado, quando vivido apenas de olhos fechados, por quem se entrega... como se duma droga se tratasse!

Como uma droga, quando podemos não a queremos deixar, e quando a queremos deixar não conseguimos...

Precisamos dum mal maior, duma força inexplicável, duma frieza absoluta... de ajuda... de matar o mal pela raiz, esquecer tudo de... bom!


Falar é fácil!
Escrever ainda mais.
E, o certo é que... não é nada disto que eu sinto.

No máximo esta droga poderia ter-me levado à loucura. Em contrapartida, retribiu-me a paixão... O suposto bem estar que nos consome mesmo não sendo real.

A vida nada mais é, do que... isto!
Um dia atrás do outro... uma hora seguida por minutos... uma passada após outra...
... o paraíso...
... o céu...
... a terra...
... o inferno, onde 70% do tempo é passado à espera de algo que nos devolva aqueles momentos ...

D'regresso...
Sem malas, sem bagagem...

... vrummmmm ...